Haitianos promovem greve de fome em Iñapari, no Peru
© Alexandre Lima | O Alto Acre Com entrada através do Acre, nos últimos dois anos, cerca de 1400 receberam a liberação do Brasil, depois de passar quase um ano na cidade de Brasiléia, esperando o visto de entrada para poder viver como refugiado e tentar uma nova vida.Cerca de 105 haitianos que estão na pequena cidade de Iñapari, no Peru, que faz divisa com o município de Assis Brasil, extremo norte na fronteira com o Acre, estão passando privações depois que fugiram de seu País, assolado por um terremoto em 2010, onde deixou mais de 200 mil mortos…
Dessa mesma forma, depois que o Brasil passou a impedir a entrada desde o ano passado, pouco mais de 100 haitianos conseguiram chegar na fronteira com o Acre, no lado peruano. Depois de quatro meses, estes estão passando privações e vivendo de forma precária conforme já foi denunciado por este jornal.
O Acre, através da coordenadoria dos direitos humanos, chegou a iniciar uma possível denuncia contra o Peru, sobre o caso, mas, aparentemente foi encontrado uma forma de ajuda humanitária para que o caso não chegasse a OEA.
Nessa quarta-feira (29), cerca de quatro haitianos iniciaram uma greve de fome na tentativa de pressionar o Brasil e liberasse sua entrada. Segundo foi passado por telefone, os refugiados colocaram colchões próximo à ponte binacional que liga o Peru ao Brasil, e estariam dispostos a sacrificar suas vidas.
Estranhamente, pela parte da manhã, foi dito que pessoas ligadas ao governo do Peru, teriam retirado os haitianos e os levados para um vilarejo vizinho de Iberia, cerca de 67 km distante da fronteira, pois a norma do País seria não aceitar qualquer tipo de protesto.
Segundo foi passado, Brasiléia tem cerca de 77 haitianos vivendo de forma ilegal e esse número poderá aumentar a qualquer momento. Somente nos três últimos dias mais de 10 chegaram na cidade de forma clandestina.
Mais informações a qualquer momento.