Data: junio 5, 2013 | 11:28
Um índio morreu e outro foi baleado em fazenda invadida...

Ministro da Justiça viaja até área de conflito indígena no Mato Grosso do Sul

Apesar do acirramento dos ânimos, Cardozo espera que os conflitos sejam resolvidos sem uso da violência.

Apesar do acirramento dos ânimos, Cardozo espera que os conflitos sejam resolvidos sem uso da violência.

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), embarcou na madrugada desta quarta-feira para intervir no conflito entre indígenas e produtores rurais no município de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, onde, na última quinta-feira, um índio foi morto durante uma operação, comandada pela Polícia Federal, para a desocupação de uma fazenda. Ontem, outro índio foi baleado em um confronto na região.

De acordo com a assessoria do ministério da Justiça, a chegada de Cardozo era prevista para 8h30, horário de Brasília (7h30 no horário local). Ontem, a Força Nacional de Segurança (FNS) anunciou o envio de contingente para o local a pedido do governo do Estado, André Puccinelli (PMDB).

Desde o último dia 15, índios terenas ocupam a Fazenda Buriti. A ordem de reintegração de posse a favor do proprietário foi prorrogada, mas o prazo para cumprimento vence na manhã de hoje. O governo, por meio da Advocacia-Geral da União, tenta mais prazo para negociar a saída dos indígenas da fazenda.

Ao todo, 110 homens da Força Nacional foram convocados para a missão. Além do envio da Força Nacional, Cardozo disse que o efetivo da Polícia Federal será ampliado no Estado em função do acirramento dos conflitos. “O governador Puccinelli pediu ao Ministério da Justiça a Força Nacional de Segurança, para que nós pudéssemos atuar na região de Sidrolândia tendo em vista a elevação do conflito hoje (terça-feira) à tarde. O pedido já chegou e nós deferimos.”

Amanhã, o governo vai receber os indígenas em uma reunião no Ministério da Justiça a fim de tentar negociar um acordo para desocupação pacífica da área. Em Mato Grosso do Sul, a Força Nacional de Segurança vai estar submetida ao comando da Polícia Militar e a da Secretaria de Segurança do Estado, segundo Cardozo.

Apesar do acirramento dos ânimos, Cardozo espera que os conflitos sejam resolvidos sem uso da violência. “O governo espera o entendimento, faz um apelo a todas a partes envolvidas no conflito, na linha de que ninguém vai conseguir satisfazer direito acirrando conflitos, usando violência, não é essa a forma. Não é a violência a forma de resolver o conflito. Fazemos um apelo às lideranças de todos os envolvidos de que façam uma pactuação, não caiam na violência”, disse.

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