Data: mayo 15, 2019 | 17:11
GOVERNO CORTOU FONDOS PARA PESQUISAS CIENTÍFICAS NAS UNIVERSIDADES | Estudantes protestam na mais grande ofensiva social contra presidência de Bolsonaro...

Mobilização massiva defende educação nas ruas do Brasil

Estudantes secundaristas protestam no Rio de Janeiro contra os cortes anunciados. | Foto AFP
© Redação Sol de Pando em Brasília

Os cortes de verbas nas universidades públicas e o cancelamento de mais de 3.000 bolsas de pesquisa anunciados pelo Governo Federal no fim de abril, desencadearam intensas manifestações inicialmente nas redes sociais, se movimentando “as peças de um tabuleiro político virtual até então dominado por bolsonaristas”, segundo observou a jornalista paulista Beatriz Jucá.

Os protestos intensificaram-se nas ruas de São Paulo e Bahía desde o passado 6 de maio, após em todas as cidades do país, desde que o ministro da Educação Abraham Weintraub, no dia 30 de abril., disse que cortaria recursos de universidades que promovessem «balbúrdia» em vez de melhorar o desempenho acadêmico.

Protestos contra cortes na Educação mobilizam multidões em todos os estados | VIDEO
https://www.youtube.com/watch?v=tsajlOMizgY

Perto de completar um mês à frente do Ministério da Educação,  Weintraub enfrenta uma demonstração da resistência à sua política de cortes especialmente no ensino superior. Pela manhã de 6 de maio, uma multidão tomou as ruas de Salvador em apoio não só à Universidade Federal da Bahia (UBFA), mas a todas as 60 universidades federais e aos 40 institutos federais (IFs) que terão 30% de corte no orçamento deste ano.

Os IFs oferecem cursos técnicos em tempo integral, com formação concomitante do ensino médio e técnico, cursos técnicos subsequentes, para o estudante que já concluiu o ensino médio – nesse caso, somente a formação técnica, cursos superiores que formam tecnólogos, bacharéis e de licenciatura para o magistério, além de pós-graduação nas modalidades especialização e mestrado.

Para os pesquisadores, trata-se de um índice não desprezível do movimento, que começa a confrontar a hegemonia virtual dos bolsonaristas e tem seu teste de força nas ruas nesta quarta-feira, nos diversos protestos marcados para acontecer todo o país em defesa da Educação e contra os cortes de verbas nas universidades federais.

São mais de 7 bilhões de reais congelados em todos os níveis educativos, incluindo o não repasse de 30% do orçamento não obrigatório das instituições de ensino superior. A mobilização cresceu na esteira da greve nacional de um dia já convocada por professores contra a reforma previdenciária e a organização das manifestações não está apenas nas redes sociais, mas também nos tradicionais espaços de mobilização, como sindicatos e assembleias universitárias.

Os partidos políticos, porém, têm se mantido comedidos até agora, ainda que apoiem os atos, numa tentativa de criar uma rede de coalizão e atrair novos atores em um momento político que segue marcado por uma forte polarização. A movimentação ganhou a esperada adesão da UNE (União Nacional dos Estudantes), mas também endossos menos óbvios, como das principais universidades estaduais de São Paulo (USP, Unicamp e Unesp) e de uma série de colégios particulares da capital paulista, a maior cidade do país.

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